Mundo da Magia

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Morgana Vaughn Schwartz

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Vagão dos Calouros Empty Vagão dos Calouros

Ter maio 26, 2020 1:53 am
Vagão dos Calouros
expresso de hogwarts
O vagão destinado aos novos alunos da escola de magia. As acomodações são para até 4 passageiros em cada vagão, tendo espaço suficiente para todos os primeiranistas do ano.
rpghogwartsschool.com

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Qua maio 27, 2020 7:09 pm
Beleza, a hora chegou. Nos últimos dias a marroquina expressava uma ansiedade positiva, mal podia esperar para conhecer a tão famosa Hogwarts; instituição essa que acolheu muitos de seus antepassados e até seus próprios pais. Havia recebido comentários assertivos acerca da escola, mas queria viver isso ela mesma. Três dias antes suas malas estavam prontas e várias vezes conferia se faltava algo; ela era muito organizada.

Semanas atrás, ao mesmo tempo em que fazia as compras da lista de materiais mais ela imaginava como seria a sua estadia no internato. Faria amigos? Se sairia bem nas matérias? Ela sabia que sim. Khadija era muito decidida quanto aos seus planos. Muito ambiciosa ao ponto de correr atrás de tudo que deseja. Porém, o que mais lhe preocupava era a seleção das casas. Queria ir para Sonserina e mais nenhuma outra. E se não acontecesse? Não queria pensar nessa possibilidade de ainda mais desapontar sua família. A maioria deles foram para a Sonserina e alguns poucos para a Corvinal, tais casas muito respeitadas entre seus familiares. Mas, era a Sonserina que reinava e a escolhida para que os descendentes do clã Al-Maktoum seguissem afinco.

Acompanhada da sua mãe chegou a Plataforma 9 ¾ uma hora mais cedo para que não perdesse a partida. Aproveitou para observar o local e ver seus futuros colegas. O lugar era uma mistura de gargalhadas, chiados de corujas e passos apressados. Aquela energia a animava. Faltava apenas meia hora para a partida e a menina apressou-se para entregar sua bagagem a um dos funcionários e se despedir da mãe. Embarcou. O relógio marcava 11h00 em ponto. A locomotiva começara a se mover e entre balanços a menina tentava achar seu assento. — Com licença, onde fico? Sou do primeiro ano. — Khadija aproximou-se rapidamente de um garoto mais velho que parecia estar auxiliando outros demais. – Certo. Segue até o fim, lá embaixo você entra na segunda parte dos vagões. Você vai ver uma placa indicando. Lá dentro, vá para a parte dos calouros. — dizia apontando para o largo corredor. — Obrigada. — a menina avançou em passos apressados pelos corredores a fim de pegar o melhor lugar.

Chegando ao vagão indicado parou um pouco para que pudesse respirar. Andou lentamente entre as cabines em busca do melhor assento. Decidiu ficar na terceira onde já havia duas pessoas instaladas. Entrou, acomodou-se e respirou fundo mais um pouco. — Oi. — estava na hora de começar a fazer novos contatos.

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Dom maio 31, 2020 9:39 pm

  - Eu também te amo mãe. E não! Não precisa mandar cartas todos os dias! - Foram as últimas palavras do pequeno antes de adentrar o trem e se preparar para o dia D. Iria para Hogwarts e não sabia o que fazer com aquela informação. Se tornaria um aluno e seu único objetivo era não reprovar... ao menos nos primeiros anos. Não demorou para Diony se aconchegar em um dos vagões dos calouros, recolhendo uma cabine onde só havia mais uma garota... e ela era peculiar de sua maneira. Tinha um rosto bonito, certamente, um sorriso que convencia, mas uma maneira de encarar uma pessoa por tanto tempo que chegava a incomodar qualquer um. - E-eh... Olá - ele a cumprimentou. Não houve tanta conversa até que a cabine estivesse cheia com três alunos de cada lado dos bancos separados mas colocados de frente um pro outro. Sim, os pequenos não sabiam que aqueles bancos eram feitos para quatro pessoas por cabine. De qualquer maneira houve um resquício de diversão entre eles, o que resultou em uma conversa agradável da parte de todos, até de Milly, a garota que encarara Diony quando ele adentrou a cabine. A viagem durou cerca de seis à oito horas, mas quando finalmente os campos verdes começaram a tomar conta da visão de todas as janelas das cabines do trem, os alunos se deliciaram de felicidade. Diony era o único que continuava a pensar em sua casa. Sua mãe era da Corvinal, já seu pai tinha estudado em Durmstrang, o que mudava toda sua visão de qual casa seria. Ele não era assim tão inteligente quanto seus pais queriam, e até chegava a achar os alunos da Corvinal uns sem-almas, pelo que tinha vivenciado enquanto embarcava no trem, onde três alunas da Corvinal tiravam sarro de um garoto que tinha as orelhas tão grandes que qualquer um que quisesse competir com ele poderia perder facilmente. O trem foi parando aos poucos e quando os sexteto ouviu a informação de monitores do lado de fora da cabine, direto do vagão completo dos calouros, que eles tinham que colocar as vestes, foi que começou a confusão. Primeiro era pouco espaço para todos e então tiveram que revisar três alunos se trocando dentro da cabine por vez. Quando todos se trocaram, o trem já estava parado e os calouros e antigos alunos começavam a descer do trem. Aquele sexteto foram os últimos a pular para fora do expresso de Hogwarts, mas dentro deles fora Diony a abandonar por último. Quando ele vislumbrou apenas a estação de Hogsmeade, não achou tanta coisa. Porém tudo mudou quando notou um enorme castelo lá atrás, atraindo a visão de todos os pequenos. Ele teve que levar a mão a boca para não fazer um O enorme com ela. Hogwarts já era enorme por fora e por dentro os bruxos diziam que era o triplo do tamanho. Os alunos mais velhos seguiram caminho, enquanto os calouros ficaram para serem instruídos pelo guarda-caça de Hogwarts. Diony só conseguia evitar de ficar ansioso... miseravelmente, é claro.




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Seg Jun 01, 2020 6:41 pm
Entre papos e mais papos e degustações de diversos doces a conversa entre Khadija e seus companheiros/as de cabine foi interrompida por uma aluna mais velha que abria rapidamente a porta da cabine, causando susto na garota. Ela trajava vestes escuras, uma gravata amarela e um brasão estranho na frente, ao lado esquerdo, do conjunto negro. Khadija notou que aquele uniforme era diferente do seu. — Certo, galerinha! Sou Claire Phillips, lufana do sexto ano. Vistam seus uniformes agora, estaremos chegando em poucos minutos. Não percam tempo! — dizia. A ansiedade voltara a tomar conta da marroquina. Estava mais perto do que nunca, enfim, de conhecer a escola que tanto falavam. Após a veterana sair não demorou muito para que Khadija apanhasse sua bolsa, recolhesse seu uniforme e vestisse ele em seguida. Pegou um espelhinho na mesma bolsa e fitou-o a fim de consertar suas madeixas e verificar se estava tudo bem com suas vestes.

Minutos depois a locomotiva parava aos poucos. Simultaneamente o trem inteiro era tomado por vozes alvoraçadas. Khadija aguardou o sinal para que desembarcasse, e quando feito foi uma das primeiras a sair da cabine e seguir entre os corredores até a porta de saída.
Ernesto Granado

Lufa-Lufa
Ernesto Granado
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Qui Jun 18, 2020 6:45 pm
Ernesto acordou no balançar brusco do trem, e se levantou assustado como se ainda estivesse atrasado para abrir a porteira do pasto para as cabras saírem e limpar a cocheira da noite anterior. Havia desconsiderado o fato de que já não estava em casa e de que o nascer do sol já havia passado a muito tempo, o fuso-horário e a nostalgia não haviam sido gentis nos ultimos dias desde sua chegada a Inglaterra. Apesar de estar constatemente fascinado com as novidades que o Mundo da Magia trazia, muitas vezes havia sentido falta de casa, dos atardeceres admirando a infinitude dos campos verde-escuro e dos últimos cantares dos passáros que, pelo que se recordava, terminavam justo antes de seu pai chegar da jornada de trabalho com uma garrafa têrmica meio cheia com chá de erva-mate, e os dois, as vezes em silêncio poético, as vezes em uma conversa animada e banal presenciavam juntos as ultimas luzes do ocaso.
"Eu sentia magia nesses atardeceres" pensou melancolico Ernesto, enquanto  contemplava as colinas e campos Ingleses, que em seu correr borroso anunciavam a aproximação de chuva e de seu iminente destino.
"Como será o que me espera no futuro? A senhora Yeva me disse que o colégio de Hogwarts acolhe todo os tipos de aluno por mais diferentes que sejam, não sei se o diferente se encaixa em um caipira argentino que vivia no meio do nada e que aprendeu a falar ingles a apenas a alguns meses, e ainda por cima filho de trouxas!"
Seu devaneio foi interrompido por mais um balançar brusco, e voltou a realidade do vagão, tudo parecia meio atemporal ali dentro, talvez pelo silêncio presente naquele momento, e que dois dos outros  três integrantes estavam dormidos profundamente. O outro, uma menina de cabelos cacheados, óculos redondos de armação fina e sardas estava tão absorta em alguma leitura que nem parecia estar ali, completando o cenário a luz do sol que entrava refratava em algumas particulas de poeira criando um ambiente de paz e....
-Tédio! - ouviu de uma cabine vizinha seguido pelo barulho de uma porta abrindo e o som de passos, de repente surge pela fresta da porta de correr entreaberta de sua cabine um rosto. Era um garoto mais ou menos de sua idade, de pele clara cabelos negros escorridos que caíam sobre a cara e se recusavam a voltar para atrás da orelha, Ernesto percebeu um curativo no nariz do curioso estranho.
-Um vivo! Meu nome é Andreas, e você?-
Ernesto permaneceu assustado por um instante, pelo visto o Mundo da Magia já havia começado a trazer as novidades, nunca havia conhecido alguém dessa forma, percebeu depois desse fato inusitado que o Inglês do seu visitante também não era perfeito acusando outro estrangeiro nesse expresso, recuperou a fala e disse:
-Eu sou o Ernesto- se levantou abruptamente e estendeu a mão.
Andreas pareceu estranhar o gesto mas respondeu com um sorriso e um aperto de mão firme:
-Prazer Ernesto- depois de uma pausa e de uma teatral olhada pra um lado e pra um outro falou baixinho - Ninguém teve a idéia de inventar algum portal mágico ou sei lá que nos levasse direto até Hogwarts? parece que esse trem é um teste de paciência e espiríto- disse rindo
Da forma que Andreas falava, era perceptível que não havia lidado muito com magia ao longo da vida e provavelmente tentava ocultar falando disso de forma jocosa.
-Pois é, mas acredito que já estamos chegando, a paisagem está cada vez mais estranha- disse ele sem saber o que responder
Andreas entrou na cabine e se aproximou da janela que já estava cada vez mais borrada por conta da frio , observou de um canto a outro como se buscasse algo e percebeu um olhar estranho virou-se para perceber a passageira leitora que Ernesto havia notado antes encarando-o.
-O-oi, desculpe entrar assim, é que estava conversando com o colega ali... - Andreas havia perdido a pose, se enrubesceu e seu cabelo que havia conseguido estar atrás da orelha por cerca de dois minutos voltou a cair sobre seu rosto.
A menina respondeu:
-Bom, não acho que tu devia ficar andando pelo trem e invadindo o vagão dos outros assim, mas eu não aguentava mais tentar ler o mesmo parágrafo 10 vezes, com mais nada pra fazer. Esses dois dormindo há um tempão e esse esquisito aí encarando a janela e dormindo do mesmo jeito. - Ernesto se assustou com a resposta que além de insulta-lo quebrava totalmente a imagem que ele havia formado dela- então, e aí Andreas, qual é tua idéia pra quebrar o tédio aqui?
Andreas recuperou o folêgo, ajeitou o cabelo e respondeu:
-Bem, ruivinha, eu e meu amigo ali conhecemos um lugar com uma vista muito melhor do que esse monte de nada que tu vê pela janela.
Ernestou voltou a si enquanto andava pelo corredor acompanhado dos dois novos conhecidos, parece que não haveria muito tempo para devaneios no resto da viagem e que de certa forma já havia se encaixado ali.
-Meu nome é Lisa por sinal, se nenhum dos dois cavalheiros vai me perguntar.
-Ernesto- respondeu dando um sorriso amarelo e levantando levemente a mão
-Prazer Ernesto, desculpe ter falado aquilo antes, eu só fico meio rabugenta quanto tô entediada, ou com fôme, ou estressada ou um monte de coisa também, vai se acostumando- finalizou com um sorriso.
Foram interrompidos por Andreas que estava liderando o grupo e parou em frente a uma pequena porta tão discreta que se escondia como parte da mobília vitoriana do trem.
-Apresentações feitas. É aqui, ouvi um cara falando desse lugar, alguns escapam dos monitores e vem aqui respirar um pouquinho de ar fresco- Andreas havia recuperado a pose pelo visto.
Atrás da portinha, havia uma escada de mão que levava acima a uma escotilha aberta revelando o céu sempre triste da Inglaterra;
Os três hesitaram por um momento, e Lisa tomou a diantera pendurando o óculos na gola da camiseta e subindo rapidamente.
Ernesto foi o último a chegar ao teto do trem, por sorte havia uma espêcie de corrimão para que os trabalhadores pudessem transitar entre vagões de forma dinâmica e segura. Encontrou os outros dois absortos observando o céu, e percebeu  assim que virou os olhos que estava anoitecendo e as primeiras estrelas brilhantes começavam a aparecer como vagalumes. No horizonte surgia bem distante as primeiras luzes da estação Hogsmeade e os sinos tocavam a distancia.

Ele que havia passado toda tarde sentindo falta dos atardaceres da Argentina estava encontrando novos atardeceres que levavam em direção ao que a Magia o possibilitaria ser. Mesmo com o coração apertado de saudade dos seus pais e de sua terra, subiu o último degrau e sentiu o vento cortante vindo do sul, inspirou todo ar que seu pulmão lhe permitiu e lançou-se para sua jornada.

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Qui Out 29, 2020 10:24 pm
Vagão dos Sem Comunal

(Postagem Atemporal)

Naquele vagão percebi que estava por conta própria. Melinda parecia entusiasmada com o fato de ficar sozinha longe dos pais. Enquanto a gente procurava uma cabine livre, a bruxa ficava contando coisas que eu não conseguia entender. Mas, dentro de mim eu só conseguia pensar nos meus pais. Assim que achamos uma cabine vazia, corri para a janela e apertei os meus olhos para procura-los na multidão de pais que acenavam para os filhos. E só então vi os cabelos loiros de minha mãe vermelhos de tanto chorar, o corpo envolvido pelos braços fortes do homem de cabelos castanhos que eu conhecia como papai.

 
— Seus pais são muito bonitos juntos. – Melinda surgiu do meu lado sem eu perceber. Ela abriu a janela e a nossa cabine recebeu uma lufada de vento. Meus cabelos voavam com força do elemento.
 
— Seus pais também. – Sorri simpática para a menina. Logo do lado dos meus pais, os dela estavam. A bruxa com a sua roupa preta, olhos pequenos e puxados, porém gentis. E o pai de Melinda, o trouxa gordinho que parecia muito atrapalhado. Como se percebessem que a gente estava falando deles, os quatro olharam na nossa direção e nos começamos a acenar alegremente.
 
No vagão uma pequena confusão parecia acontecer. Alguns alunos estavam disputando quem ficaria aonde e nem todos pareciam receber aquilo de boa vontade.
 
— Porque sou sangue-puro e não vou ficar perto de sangues-ruins. – Falou uma menina de cabelos vermelhos e olhos verdes bem intensos. Ela me mirou por alguns segundos e logo senti uma pequena antipatia. Melinda correu na frente e fechou a porta da nossa cabine.
 
— Odeio essas pessoas. – Bufou a garota correndo para a janela. — Ano passado fui a uma festa do trabalho da minha mãe e uma bruxa estava chorando porque falaram mal dela.
 
— Mas, o que é sangue-ruim? – Indaguei não fazendo ideia do que a menina ruiva queria dizer. Tinham muitos termos que eu desconhecia. Na verdade, eu só sabia o que significava Hogwarts, trouxas e Corvinal e Lufa-Lufa.
 
— Sangue-ruim é um termo muito preconceituoso para quem não nasceu de pais bruxos. – Respondeu Melinda e no fundo eu sabia que ela queria me usar como exemplo. — Hoje sangue-puro é muito raro, só as famílias mais antigas se mantem assim. Eu, me chamam de mestiça porque mamãe é bruxa, mas papai é trouxa. E você, é nascido-trouxa. – Ela tinha muita paciência em me explicar. — Não abaixe a cabeça quando te chamarem assim.
 
— Pode deixar, não vou. – Prometi. O trem fez um barulho estranho que quase me fez soltar um gritinho e então ele começou a se movimentar. Acenei novamente para os meus pais até não vê-los mais. — Eu estou com muito medo.
 
— Não fique. – Me tranquilizou Melinda. — Vou te ajudar com o quê eu puder. Que não é muita coisa, mas já é o suficiente. O que você gostaria de saber agora? Teremos que enrolar o tempo porque a viagem deve demorar.
 
— O que é quadribol? O que são as casas de Hogwarts? – Perguntei as coisas que mais me faziam pensar e Melinda começou as explicações do jeito dela. Em alguns momentos ela se perdia nos próprios pensamentos e tinha que recomeçar novamente, mas estava conseguindo me tirar as dúvidas. — E jogam montados em vassouras? – Indaguei de boca aberta. E para alguém que quase não tinha contado com o mundo bruxo, Melinda sabia de muitas coisas. Falou sobre os times mais famosos de quadribol. — Uau, eu teria muito medo de voar em vassouras.
 
Enquanto nos conversávamos o tempo foi se passando. As pessoas do lado de fora ainda continuavam andando de um lado para o outro. Ao passar um determinado tempo do percurso muitos dos alunos novatos já estavam com varinhas em mãos, o que causavam uma enorme confusão. Alunos mais velhos tentavam contê-los, mas tente segurar uma criança elétrica para você ver.
 
— São os monitores das casas. – Me explicou Melinda ao ver o meu olhar sobre um menino que tentava separar dois alunos pequenos de brigar na mão-a-mão. — Cada casa tem os seus monitores.
 
Aquele mundo parecia louco e quanto mais eu conhecia mais me sentia atraída e amedrontada também. Depois que minha havia me entregado a varinha a taquei dentro da minha mochila e não a tirei mais de lá. Fiquei perdida nos meus próprios pensamentos até perceber que Melinda ainda falava.
 
— Sério? – Indaguei torcendo para que as últimas frases ditas por ela tivesse algo incrível para que eu dissesse aquilo. Para a minha sorte ela pareceu não notar e continuou explicando sobre como ela achava que funcionava Hogwarts.
 
— Atenção, alunos do primeiro ano. – Anunciou uma voz saída das paredes. — O trem se aproxima da estação de Hogsmeade. Troquem suas roupas comuns pelas vestes bruxas. – A voz encerrou de repente.
 
— Credo, da onde saiu essa voz? – Perguntei procurando um alto falante.
 
— Deve ter sido um feitiço de projeção de voz. – Melinda parecia calma. — Vamos trocar nossas vestes. – E então nós duas puxamos a mala de roupas e começamos a nos trocar. Sentia-me bastante estranha assim que terminei de colocar todas as minhas roupas de bruxas. E nem era somente porque elas já haviam sido usadas por alguém, o motivo era que as vestes bruxas pareciam trajes de filmes. — Você ficou muito bem vestida de bruxa.
 
— Você também. – Afirmei olhando para as roupas novas dela. — Pena que é tudo tão preto.
 
— É porque não temos casa ainda. Depois que fomos selecionadas vamos ganhar a cor das nossas casas no uniformes. Com brasão e tudo. – Me explicava a menina. — As roupas da minha mãe da época de escola têm bastante tons em azul, por causa da Corvinal. Se a gente ficar na Grifinória – E ela pareceu torcer o nariz. — A maioria das cores nos nossos uniformes serão vermelhos.
 
Naquele momento que Melinda havia tocado naquele assunto, me vi perdida em outro medo. Se nós duas ficássemos em casas diferentes, como seria? Eu tinha certeza que não faria amizades muito facilmente, meu consolo seria ter Melinda que parecia ser muito agradável e legal na mesma comunal.
 
Acabamos de nós trocar em tempo recorde e voltamos a ficar sentadas conversando sobre assuntos aleatórios. Melinda que tinha contato com os impressos bruxos me noticiavam sobre as recentes notícias e eu ficava cada vez mais pasma em como nessa parte os dois mundo se assemelhavam.
 
— E ela deixou assim? Do nada? – Perguntei a respeito da Ministra da Magia. Eu precisava me enturmar, era o meu mundo.
 
— Atenção, alunos do primeiro ano. – A voz deixou as paredes novamente e daquela vez eu dei um pulo do meu assento. Meu coração parecia querer pular da boca. — Alunos do primeiro ano permaneçam em seu vagão. Deixem as suas malas que funcionários de Hogwarts cuidarão delas. – Percebi que a voz era masculina. O trem de repente foi diminuindo a velocidade e então parou de vez. Coloquei a minha cabeça pela janela e vi que estávamos em uma outra estação. — Alunos do primeiro ano, desçam devagar e sem se empurrarem.
 
Era mais fácil ele ter falado “se empurrem muito”, porque uma manada de crianças tentou levar Melinda assim que ela tentou espiar os corredores. Felizmente eu que não havia tentado deixar a cabine ainda me vi sozinha enquanto ouvia Melinda gritar. Quando tudo se acalmou desci calmamente do vagão e a menina estava lá do outro lado me esperando toda descabelada e chateadíssima porque no empurra-empurra ela perdeu a sua presilha de cabelo.
 
— São uns animais! – Ela falava alto enquanto todos os outros alunos do primeiro nem prestavam a atenção nela.
 
— Alunos do primeiro ano, me sigam, por favor. – Anunciou alguém. Antes que Melinda eufórica pudesse se envolver na multidão de alunos, eu a puxei pelo braços para perto de mim.     
 
 
    
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Qua Set 15, 2021 6:09 pm
Hogwarts Express:  First Time
O barulho da locomotiva só não era tão alto quanto as conversas paralelas entre os alunos da cabine que estava, porém o jovem olhava pela janela e via as pessoas acenando e ficando para trás. Percebia que a paisagem mudava lentamente conforme sentia a locomotiva ganhar mais velocidade, assim sendo, voltou a olhar para as pessoas com quem dividia a cabine, alguns já haviam saído para ir de encontro com conhecidos, por isso o barulho interno havia diminuído. O som dos passos e conversas no corredor era bem visível, assim como muitas risadas podiam ser ouvidas, mas Milo estava em seu canto, quieto e, de certa forma, com medo. Por mais que conhecesse o mundo bruxo desde pequeno, não tinha muito conhecimento sobre o mundo europeu, visto que viveu bastante parte de sua vida como criança nos Estados Unidos. Não entendia porque sua mãe tinha escolhido aquele lugar para viver, mas depois de todos os acontecimentos, mudar para a Europa parecia o certo, até porque não tinha recebido notícias da escola americana ou qualquer outra, apenas de Hogwarts. Ou seja, em todas as formas possíveis, Milo deveria ir para Hogwarts.

Logo, pegou seu casaco grande e jogou por cima de si mesmo, deitando o seu corpo e deixando a cabeça encostada no sofá. Estava com sono e sabendo que seria uma longa viagem pela frente, esperava descansar por um tempo. Havia estudado alguns dias antes de adentrar aquela locomotiva, precisava saber o que estava enfrentando e o que encontraria por todo o caminho até a estação de Hogsmeade e a sua chegada ao castelo de Hogwarts. Se tinha uma coisa que era muito bom, era em sempre conhecer e estudar um pouco antes de realizar alguma coisa, sem contar que sempre estava de olho em tudo para entender a situação como um todo. Não era muito fã de surpresas, mas sabia que elas eram inevitáveis, por isso acreditava estar preparado para qualquer situação. Contudo, nem percebeu que havia adormecido, no qual despertou um bom tempo depois, devido a um barulho grandioso que havia acontecido, não sabendo se havia acontecido do lado de fora da cabine ou do lado de fora da locomotiva. Levantou-se rapidamente e colocou a cabeça para fora da cabine em que estava e, a resposta era óbvia. Algum estudante mais velho estava pregando peças nos mais novos.

Em seguida, se jogou no sofá dentro da cabine, percebendo que estava completamente sozinho. Isso acontecia sempre, mas não era por causa de sua pessoa, mas porque procurava sempre se isolar das pessoas. Não tinha muita confiança e coragem para se comunicar, procurando falar sempre as coisas mais básicas para com os outros. Assim sendo, espreguiçou daquela maneira mais gostosa que existia, buscando uma forma de retirar toda sua preguiça de todo seu corpo e, em seguida, procurou em sua mochila, uma que sempre carregava em mãos, um livro para distração. Não tinha ideia de quanto tempo havia dormido ou quanto tempo demoraria para chegar na estação de Hogsmeade, mas sabia que a leitura sempre era um ótimo passatempo, mesmo sendo um ou dois capítulos, ou uma ou duas páginas. Era apaixonado pela leitura, portanto qualquer motivo ou distração era uma oportunidade para entrar no mundo dos livros e conhecimentos. Gostava de viajar pelas páginas dos livros, inventando os mais diversos mundos e histórias em sua mente. No entanto, o livro que lia era o da escola que estudaria, tinha muito conteúdo interessante nas páginas e queria conhecer todos.

Hogwarts, uma história. Era um livro comum para todos os alunos, como ele que começaria seu primeiro ano e era a primeira vez naquele outro mundo, afinal não conhecia a história daquele lugar com profundidade. Achou uma ótima oportunidade para obter conhecimento e sua curiosidade estava ativa. Sua leitura começou pela criação da escola e os seus fundadores, no qual aconteceu há mais de mil anos, onde Godric Griffyndor, Rowena Ravenclaw, Helga Hufflepuff e Salazar Slytherin foram seus fundadores. Considerado os maiores e melhores feiticeiros da época, juntaram-se para formar uma escola de magia, conhecida mundialmente como Hogwarts, sendo seu principal objetivo, educar os jovens que apresentassem algum talento mágico. Todos tinham qualidades singulares e distintas e, justamente por isso eles criaram casas para dividir os alunos de acordo com os próprios interesses e personalidade predominante. A história de Hogwarts está preservada de diversas formas no grande castelo, seja nos quadros, nos livros, nos fantasmas ou no próprio dispositivo mágico usado para a divisão dos alunos em casas, o Chapéu Seletor, que era o antigo chapéu de Godric Gryffindor.

Porém toda história precisa de alguma pessoa para ser o vilão e, no caso de Hogwarts, era Salazar Slytherin que não se dava bem com os outros três fundadores, pois queria que só fossem aceitos bruxos puro sangue e, consequentemente, brigando com os outros. Assim, construiu então uma câmara secreta que só seria aberta por um de seu descendente para que o monstro que ela guardava eliminasse todos os nascidos trouxas que estivessem na escola, ou seja, aqueles que não tinham sangue inteiramente mágica. A verdade era que a história era interessante se fosse algo somente em papel, porém sabia que era uma história real e não podia ter uma ideia concreta do que achar daquilo. Nunca se preocupou com o seu sangue, algo que nem mesmo sabia o que era, mas achava aquela atitude de Salazar um pouco desesperadora e infantil. Logo, sua mente começou a imaginar como seria ir para aquela casa e, rapidamente chacoalhou sua cabeça negativamente, pois entraria em qualquer casa, mas não queria ir para a Sonserina. Sua personalidade e seus interesses não tinha nada em comum com aquela casa, sem contar que achava o verde uma cor feia, sendo bonita somente na natureza.

Enquanto mais lia, encontrou a casa que certamente seria de bom agrado, uma vez que as características marcantes representava muito sua pessoa. Sorriu quando viu que a Corvinal era uma casa que tinha como cores predominantes o azul e bronze e, o animal que representava a casa era uma águia, o qual mostrava que os habitantes daquela casa eram pessoas que gostam de fazer as coisas de forma diferente. Tendo como principais características, a inteligência e força de vontade. Estava animado e esperançoso para ser escolhido para aquela casa e, com toda certeza ficaria chateado se isso não acontecesse. Sua leitura começava a ficar cada vez mais interessante conforme aprofundava-se no livro, no entanto, sentiu um solavanco, fazendo com que seu corpo inclinasse um pouco para frente e retornando. Percebeu que a locomotiva estava parando e, consequentemente alunos estavam adentrando as cabines, principalmente aquela em que o garoto estava. Apenas ouviu que alguém traria as vestimentas necessárias para eles e, consequentemente, iriam para o castelo de uma forma espetacular. Com isso, Milo marcou a página que estava lendo e esperou para ser agraciado com aquelas novidades. Terminaria o livro em um outro momento.
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