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Quarto de Serena

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Gwen Von Tussie
Matthew David McGonagall
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Qua Nov 11, 2020 8:53 pm
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Ter Mar 30, 2021 9:03 am

Serena Von Tussie | Sequelas do Vírus

Sair da escola por um lado era bom, não ter que ver os alunos que praticavam bullying comigo e com a Hemera não era uma coisa ruim. Mas por outro lado, eu sentia falta dela. Trocar cartas era legal, mas não era a mesma coisa de tê-la ao meu lado para ouvir seu sorriso ou apenas estarmos juntas. Só a tinha visto duas vezes durante as férias, mas mesmo assim não parecia suficiente para matar as saudades. Quando mamãe vier me ver, vou pedir a ela para convidar a Heme mais uma vez antes da volta às aulas. E hoje era o dia da festa dos Phoenix e eu não poderia ir. Não me sentia bem o suficiente nem para querer sair de casa. Antes de saírem, mamãe, papai, Seb e Callie passaram no quarto para me ver.

- Hoje tô me sentindo um pouco mais forte, talvez até caminhe um pouco no jardim. - falei à eles quando me perguntaram como eu me sentia. Um enfermeiro cuidava de mim 24hs para caso eu precisasse de algo enquanto meus pais estavam trabalhando. - Joe vai comigo, ele tem cuidado bem de mim. Mas quando chegarem, quero meu beijo de boa noite mesmo que eu esteja dormindo, hein!

Fiquei sozinha por algum tempo. Até dormi um pouco. Mas depois resolvi ir até o jardim, tomar o sol do verão. Joe me ajudou a sair da cama e serviu de apoio para minha caminhada. Encontrei umas flores bonitas e juntei elas num buquê. Voltando para dentro de casa, coloquei-as dentro de uma jarra com água - que o enfermeiro tinha me ajudado a arrumar - e decidi deixar um bilhete também. Com um pedaço de pergaminho e a pena nas mãos escrevi:

PARA MAMAE E PAPAI,

COM AMOR,

SERENA


Terminando de escrever, senti meus braços fracos novamente e uma grande dificuldade em respirar. Apoiei o bilhete no vaso e virei para meu salva vidas falando:

- Eu acho que vou.....

Não consegui terminar a frase e quando percebi, estava acordando na minha cama. Joseph anotava alguma coisa no relatório e assim que percebeu que eu acordei, veio verificar como eu estava com todos os procedimentos padrões aos quais eu já estava acostumada. Não era muito tarde, na verdade ainda tinha luz no céu, quando ouvi alguém voltando para casa. Minha prima Callie apareceu no meu quarto para me ver. Parecia que algo tinha acontecido, mas ela não me disse nada além de perguntar como eu estava.

- Acabei de acordar... de um desmaio... mas vou ficar bem... - eu estava com dificuldade em falar frases longas, por conta da falta de ar.

- Vi as flores que você pegou, são lindas viu. Deixaram a mesa de jantar mais bonita. - ela tentou mudar o foco, com sucesso, me fazendo sorrir encantada pelo elogio.

Depois que a minha prima saiu, acabei voltando a dormir, sentindo alguns beijos ao decorrer da noite. No dia seguinte fui acordada pelo grito da mamãe brigando com os outros adolescentes da casa por algum motivo que eu não entendi. Levou algum tempo até a bronca terminar e mamãe vir no meu quarto.

- Oi filha, desculpe não ter vindo mais cedo, como está se sentindo hoje?

- Estou me sentindo fraca, mamãe... Mas você viu o bilhete que deixei... pra vocês no vaso e as flores que escolhi... - disse tentando mostrar um sorriso, apesar da dificuldade em respirar.

Nesse momento Nik entrou no quarto. Ele era nosso padrasto, mas para mim era um pai. Logo que papai estava ao lado de mamãe, ela disse que teria que me levar ao hospital de novo. Eu estava com febre, parecia. Não sentia nada, nem frio nem calor. Mas a preocupação de mamãe era válida. Tinha meses que eu estava mal, qualquer mudança era motivo para se preocupar. Mas no carro a caminho do hospital eu disse:

- Como você está, papai? Te amo muito. - falei à caminho do hospital, acho que eu comecei a delirar porque depois disso eu vi todo mundo duplicado e então senti meu corpo perder as forças novamente.

@credits

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Dom Abr 11, 2021 8:27 pm

Sequelas do vírus

[color=#ff3300] 
Aquele dia havia começado como outro qualquer, exceto por uma sensação ruim que me aplacava. Eu estava fraca, com frio e minha respiração mais difícil do que nunca, como se a qualquer momento pudesse parar novamente. Achei que estava melhorando. No último mês parecia que eu estava começando a ficar mais forte. Mas parece que me enganei, aquela semana eu tinha voltado a piorar. Aquele sentimento tomava conta de mim e me fez acordar às seis horas da manhã. Joseph ainda estava dormindo, mas eu tinha que acordá-lo.

- Joe, acorda. Não consigo voltar a dormir. Estou sentindo que algo de ruim vai acontecer comigo. Assim como aconteceu há um mês, que meu coração parou por alguns momentos. Mas dessa vez a sensação está mais forte. - falei em meio à crise de ansiedade.

A última vez que eu senti que algo iria acontecer comigo, meu coração havia parado por alguns segundos, naquela semana mesmo e havia demorado à voltar a consciência. Minha mãe, meu pai e o enfermeiro haviam me levado ao Saint Mungus e os medibruxos tinham conseguido me trazer de volta, mas alguma coisa estava me dizendo que dessa vez isso não seria tão fácil. E isso me deixava com medo. Eu queria minha mãe, meu pai, meus irmãos e minha prima ali comigo. Os últimos estavam na escola e era uma pena não poder vê-los. Minha mãe como professora e meu pai como reitor também não estaria em casa para ficar comigo.

A única que estava em casa era a Astrid - que estava de folga - e o Joe só iria chamá-la caso fosse de extrema necessidade. Sebastian tinha me contado no recesso de Natal que se mudaria com a Alena mesmo sem ter muito dinheiro para isso, mas eles prometeram que viriam me visitar sempre. Ele me fez prometer que eu não contaria para a mamãe até que estivesse tudo certo.

A Alena era uma garota legal e o Jurgen - o outro namorado deles - também era legal. Eles formavam um trisal maneiro. Seb tinha me ensinado o que isso significava depois da brincadeira que fizemos no lago, anos atrás. Aliás depois daquela brincadeira, aprendi muitas coisas novas sobre a vida que eu gostaria de tentar. Desde que fiquei doente, também aprendi a ver a vida de um outro jeito. Ao mesmo tempo que prometi a mim mesma que quando isso acabasse eu seria uma garota mais responsável. Eu também iria buscar ter novas experiências de vida. Durante esse período, conversei com Hemera sobre o nosso pseudo-relacionamento e por enquanto seríamos apenas amigas, não que isso quer dizer que eu não queria novos relacionamentos. Como eu disse, queria experimentar coisas novas e viver a vida, mas não deixando de ser responsável.

Eu estava prestes a levantar da cama por ter ouvido minha mãe gritar no andar debaixo da casa, então me sentei com os pés no chão, quando de repente o mundo começou a girar. Senti que desmaiar de novo, com o coração cada vez mais lento e a respiração difícil. Meu último impulso foi de chamar a atenção do enfermeiro que estava de costas para mim.

- Joe! Me ajuda!

Depois disso, tudo ficou confuso. Eu ouvi o Joe chamar pela Astrid, mas eu não sentia mais nada no meu corpo. Ouvi a prima Astrid falar alguma coisa, mas não distingui o que ela dizia apesar de saber que estava bem perto de mim. Tentei abrir os olhos, mas eles não me obedeciam. Eu respirava lentamente, mas nenhuma parte do meu corpo me obedecia. Então ouvi a voz de Joe ao longe:

- Serena? Acorda vai, volta para gente! Astrid, está acontecendo de novo?

- Sim, mas dessa vez ela entrou em coma. O corpo dela não deve ter aguentado o estresse de duas paradas cardíacas em uma semana. Fica com ela, ouvi Sienna lá embaixo. Vou avisar à ela e lhe dar as opções. Se ela for ficar aqui, vai precisar de um medibruxo com você. - sua voz estava triste. - Ela está estável no momento. Já volto.

Ouvi a porta abrir e fechar. Tentei gritar e dizer que eu estava ali, que não estava em coma, mas eu não conseguia. Eu ouvia tudo ao meu redor, só não podia mexer os membros ou abrir os olhos, mexer a boca...

「R」


Última edição por Gwen Von Tussie em Qua Abr 14, 2021 10:32 am, editado 4 vez(es)

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Dom Abr 11, 2021 8:52 pm

O chamado


Do problema



Estava dormindo depois de um longo dia de atendimento no Hospital Saint Mungus. Eu não vestia nada mais do que a roupa íntima que tinha usado por baixo do uniforme hospitalar. Chegara tão cansada que mal tirei a roupa, já estava caindo de sono na cama. Os plantões estavam cada vez mais exigentes com cada vez mais pacientes precisando de cuidados médicos especializados. Era um trabalho sem fim e definitivamente não podia deixar de elogiar os medibruxos daquele lugar.

Levantei de um pulo ao ouvir um chamado pelo meu nome no quarto próximo. Peguei minha varinha e me enfiei num robe grosso que ficava sempre atrás da minha porta para casos como esse. Não demorei mais do que o necessário e corri para onde me chamavam, deixando a porta do meu quarto aberta sem qualquer intenção de fechá-la nos próximos minutos. Se estavam me chamando, eu não devia demorar mais do que os poucos segundos que eram necessários para levantar da cama e correr ao local (aprendi isso logo no primeiro dia de trabalho).

Era Serena que estava mal novamente. O enfermeiro não podia fazer muita coisa para ajudar naquela situação e felizmente eu estava ali para isso. A menina estava caída na cama com os pés no chão. Quando a toquei, não tinha pulsação. Outra parada em uma semana.

Comecei os movimentos de reanimação e seus batimentos voltaram lentos, mas voltaram. Com a varinha, me certifiquei de que suas vias respiratórias estavam desobstruídas e que suas pupilas respondiam à luminosidade. Apesar de não ser o ideal, a menina ainda vivia, mas tinha entrado em coma. Eu não podia fazer mais do que os primeiros socorros com o que tínhamos ali e precisávamos dos suprimentos do Saint Mungus para mantê-la viva tempo suficiente para seu corpo se recuperar do choque.

-Serena? Acorda vai, volta para gente! Astrid, está acontecendo de novo? - Joe, o enfermeiro, perguntou-me quando pedi sua ajuda para ajeitá-la na cama.

-Sim, ela entrou em coma. O corpo dela não deve ter aguentado o estresse de duas paradas cardíacas em uma semana. Fica com ela, ouvi Sienna lá embaixo. Vou avisar à ela e lhe dar as opções. Se ela for ficar aqui, vai precisar de um medibruxo com você. Ela está estável no momento. Já volto. - falei com um pesar no coração.

Deixamos a pequena tão confortável quanto possível e me dirigi para fora do quarto, em busca da mais velha no andar de baixo.


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Seg Abr 12, 2021 4:54 pm
Saude Ninguém ia me entregar o meu futuro de mão beijada, alcançar o meu sonho dependia de mim, segurá-lo com força e torná-lo realidade.


Ela teve poucos minutos de sanidade entre Morgouse falar todas aquelas barbaridades  sobre a concepção de Serena e Astrid chegando com uma cara que assustaria qualquer pessoa, Arrumando a mecha de sua franja, a senhora olhou para Morgouse como se fosse realizar uma atrocidade, ela sorriu de forma maliciosa ー não esqueça de que quem te apresentou o lado das trevas fui eu criança, então eu posso simplesmente te destruir  em um estalar de dedos ー ela se afastou indo em direção a prima ー O que houve Astrid? como está Serena? ー a Senhora disse engolindo em seco antes de tomar o back da noticia ー Como assim em coma Astrid? Como isso aconteceu? ー  ela olhou controlando as lágrimas que gostariam de sair adentrando o quarto de sua do meio e a vendo sobre a cama indo em direção a criança imovel sobre a cama, ouvindo as opções que Astrid lhe dera  ー Prefiro que a mantenham aqui,  é muito mais fácil eu vir para cá quando for preciso do que ir ao Mungus. ー ela beijou a testa de sua do meio deixando uma lágrima escorre ー Eu amo você filha, por favor não desista, você é o melhor presente que eu poderia ter recebido dos Deuses ー ela arrumou as cobertas da criança olhando o cuidador e a prima ー Fiquem um pouco com ela, vou tentar falar com Niklaus, me avisem qualquer coisa, por favor. ー a senhora forçou um sorriso e deixou o recinto em direção ao próprio quarto.



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Sex Abr 30, 2021 11:51 pm
Continuar trabalhando naqueles dias estava sendo bastante duro, mas pior ainda era ficar ocioso. Afinal, era sempre nesses momentos que eu ficava suscetível ao tormento do luto pela perda do meu filho caçula, que ainda estava muito recente. E, numa situação que por si só já era muito complicada, as circunstâncias do falecimento me assustavam. Das cinco vítimas eu conhecia quatro, sendo que uma delas foi o meu próprio filho. Entre os outros conhecidos, uma ex-professora e dois ex-colegas dos meus tempos em Hogwarts, um deles tratando-se de Lyra Slytherin, que por carregar o sangue de Salazar havia passado tudo que eu e as outras herdeiras passamos na época sombria de Zsadist, que, pasmem, era o pai de Lyra. Em contraste à ausência de respostas que o Ministério encontrava, de uma coisa eu sabia: aquilo não tinha sido por coincidência. E essa maldita inquietação perturbava a minha cabeça o dia todo, limitando-se a dar tréguas momentâneas quando eu estava lidando com os pacientes no Saint Mungus. Por isso, havia feito questão de me entupir com plantões e consultas, evitando ficar mais tempo em casa do que realmente era necessário. Era um jeito de me sentir útil, pois estaria ajudando crianças e adolescentes a terem uma vida saudável e longa, como gostaria que Bernhard tivesse. — Vocês seguram as pontas? Preciso ir até os Von Tussie. — Mas nem todos os pacientes eram fáceis, como aquela que eu iria verificar, após ter certeza de que os demais profissionais do setor de pediatria tinham condições de ficar sem o meu auxílio pelas próximas horas. 
 
[...]
 
O trajeto acabou demorando um pouco mais que o normal, já que tive de explicar à direção do hospital que precisaria me ausentar e eles acabaram achando que eu tiraria uma licença, quando na verdade apenas iria ver o estado de Gwen. Aquela paciente tinha a dose de imprevisibilidade que era, ao mesmo tempo, minha maior motivação e meu maior receio dentro da profissão que escolhi levar, pois, mesmo tão nova, a garota enfrentava um coma desde outubro do ano passado. Sua saúde chegou àquele estado crítico após ela apresentar sequelas em decorrência de ter contraído o Invisiblia Virum, na época em que a gripe do seminviso estava no auge da contaminação. Acontece que, depois da poção descoberta para curar os infectados, poucos eram os casos relacionados àquela doença que ainda chegavam ao St. Mungus, mas infelizmente o da menina Von Tussie foi um deles. A primeira vez que tive contato com ela foi para reanima-la após uma parada cardíaca, porém ela voltou a ter outras, que fragilizaram seu corpo de tal maneira que ele próprio se colocou naquele estado de quase inconsciência. Assim, fui recebido na casa pelo enfermeiro que acompanhava a garota, Joe, e em seguida ele me guiou até o quarto onde ela estava. — Como ela está? Alguma evolução? — Questionei, como de praxe. Sabia que era preciso ter muita paciência quando se tratava de coma, mas, por outro lado, a passagem de tempo também podia ser um fator preocupante. Raras eram as histórias de pessoas que sobreviviam e conseguiam ter uma vida normal após passar por aquela situação, então precisávamos fazer o possível para que a inconsciência não se prolongasse por mais do que o necessário para o corpo de Gwen descansar e voltar a ser exigido.
 
Logo, Joe respondeu que os sinais vitais estavam todos estáveis e que, numa visita recente da mãe da garota, ela havia respondido a estímulos luminosos com os olhos; e, por mais que não houvesse comprovação, o enfermeiro tinha o palpite de que a voz da mãe foi importante para aquela reação. — De fato é uma boa notícia. Ainda mais depois de todos esses meses. — Refleti sobre a informação, enquanto me aproximava do corpo inerte da menina. Seu aspecto pálido e fisicamente frágil eram esperados e ficavam mais evidentes a cada vez que eu a visitava, mas naquele dia ela estava quase igual à última inspeção. Assim, depois de a encarar por alguns instantes, saquei a varinha mágica do bolso do jaleco e a apontei para a menina. — Ilcorporis Tórax! — Proferi o feitiço, que teve o efeito de produzir um raio-x da região. Apesar de ainda ser possível ver poucas manchas verdes nos pulmões de Gwen, eu nem precisava comparar com um exame anterior para ser capaz de identificar uma ligeira melhora. — Bem, temos um certo nível de inflamação ainda, porém acredito que a poção administrada deve dar conta de reverter este quadro. Se mantivermos essa evolução, claro. — Conversei com Joe, que não escondeu seu alívio ao ouvir as palavras esperançosas que eu havia dito. 

A Poção Mungo Bonham vinha sendo o principal tratamento para Gwen, porque, apesar de a doença já ter sido eliminada do seu organismo, as sequelas evoluíram de uma maneira muito grave, o que gerou uma nova infecção. Sendo assim, esta precisava ser eliminada com urgência, já que atacava principalmente os pulmões, e mesmo com a demora para a poção agir, tendo em vista que era um tratamento a longo prazo, os resultados começavam a aparecer. Ainda assim, era fundamental manter o organismo dela o mais estável possível, para que pudesse melhorar cada vez mais, possibilitando-a sair do coma. Aproveitando que mencionei a poção, o enfermeiro relatou que seria necessário mais um frasco, já que as doses eram de 12 em 12 horas e em quantidades altas. — Não se preocupe. Assim que eu retornar ao hospital irei providenciar que uma coruja traga não só um, mas dois frascos. — Respondi-lhe. Com aquele assunto encerrado, voltei-me para o raio-x da região torácica e analisei também o coração, que felizmente funcionava normalmente. Logo, cancelei o efeito do Ilcorporis e guardei a varinha no bolso, afagando suavemente os cabelos loiros da jovem. Eu estava muito emotivo ultimamente, o que acabava se estendendo aos meus pacientes, e por um instante me permiti insistir naquele carinho. — Se continuar assim, vai conseguir sair daqui em breve. Então persista, Gwen! — Murmurei, findando o gesto e me afastando da cama. Não havia mais muito o que fazer agora, e por isso eu fiz o caminho até a porta da Residência dos Von Tussie conversando e passando as últimas, e já repetitivas, orientações para Joe. Assim, logo me retirei do local e retornei ao St. Mungus. 

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Sex maio 07, 2021 7:51 pm

Sequelas do vírus

[color=#ff3300]
Eu não sabia quanto tempo eu já estava em coma, não fazia ideia em que mês já estávamos. Só o que eu lembrava é que eu entrei em coma antes do dia das bruxas e que desde então eu fiquei em um estado de semiconsciência, ouvindo tudo que era dito para mim, mas apesar de tentar muito, eu não consegui responder ninguém. Eu estava presa na minha própria cabeça, presa em um sono profundo do qual eu não conseguia acordar. Quando alguém que eu amava aparecia no meu quarto, sentia as lágrimas escorrerem pelo meu rosto, porque eu queria estar acordada abraçando eles, mas eu não conseguia nem me mexer.

- Porque eu não consigo acordar, porque eu não consigo falar com eles, eu quero acordar, eu to tentando, eu to lutando, eu não quero mais dormir, eu não quero mais ficar longe deles. Meus irmãos. Seb, Wendy, Diana, minha prima Callie, Hemera, minha melhor amiga, não quero mais ficar distante deles. Porque eu não podia simplesmente acordar?

Naquele dia minha mãe estava lá com os meus irmãos, meu pai(eu chamava ele assim pelo menos, porque era como eu considerava) e minha prima. Todos eles estavam tomando turnos ao lado da minha cama, conversando comigo, pedindo para eu voltar para eles, para eu lutar, para eu acordar, para eu viver, para eu implicar com eles de novo. Eu queria acordar daquele pesadelo logo, eu queria abraçar a minha família e até mesmo o Joe.

Quando chegou a vez de minha mãe e meu pai, eles se sentaram ao meu lado juntos e quando eles seguraram a minha mão, eu pude sentir, eu reuni todas as forças que eu tinha para apertar a mão deles de volta e de repente eu consegui. Eu havia me mexido, de alguma forma eu tinha conseguido apertar a mão deles. Então eu resolvi lutar mais um pouco, dessa vez tentando abrir os olhos para voltar para eles, afinal já faziam quase cinco meses que eu estava naquela cama, eu só queria voltar para eles.

Então, meus olhos se abriram e eu demorei um pouco a me adaptar à claridade do cômodo, mas depois eu comecei a sentir o resto do meu corpo voltando também, levantando as minhas mãos para tocar no rosto dos meus pais e conseguindo então soltar as primeiras palavras depois de cinco meses sem falar:

- Joe, água por favor. Mamãe, papai, maninho, maninhas, prima, que bom ver vocês aqui. - disse ainda meio rouca. - Que saudades de vocês. Eu os amo muito sabia?

Eu estava feliz de estar finalmente acordada. Eu amava estar de volta com a minha familia, poder abraçar eles, sem ser só ouvindo eles falando comigo.

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Sex maio 07, 2021 8:17 pm


Gwenhwyfar
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Fazia poucos dias que eu havia pedido Alena em casamento que para minha sorte havia dado o tão desejado sim porem aquilo havia nos afastado, porque ela tinha medo de machucar (ou talvez não), nosso namorado Jurgen que havia descoberto ser o herdeiro de nossa casa, não que aquilo fosse uma surpresa para nós, porque por mais que fossemos ruins, encrenqueiros, ninguém naquela casa casa seria capaz de realizar a atrocidade que o moreno realizou e em virtude daquilo decidi seguir junto a minha mãe e Calliope de volta para nossa casa.

- Podem ir, eu vou ficar aqui com ela, descansem sei que não é fácil pra vocês - disse tomando o assento ao lado da cama olhando minha pequena, não mais tão pequena, irmã mais nova, ela estava crescida, o que me orgulhava e dava uma pontada de desespero. Olhei para seu cuidador sentado no canto do quarto de forma séria - Sai. Quero Ficar a sos com minha irmã, para podermos conversar - disse de forma arrogante, pois algo naquele homem não me cheirava bem. - Gwen… você tá tão grande… não acredito que está perdendo sua vida inteira, Você precisa voltar… preciso que seja minha madrinha de casamento - foi minha forma de contar a ela as novidades desde que havíamos nos separado em setembro. Acariciei seus longos cabelos louros beijando o topo da testa dela, enquanto pegava um livro para ler para ela - Quando eramos pequenos, você me pedia para ler antes de dormirmos… acho que é o certo né.. vai que de resultados. - disse folhando o exemplar em busca da história perfeita.- O BRUXO E o CALDEIRÃO SALTITANTE. - disse ao encontrá-la.

-  Era uma vez um velho bruxo muito bondoso que usava a magia com generosidade e sabedoria para beneficiar seus vizinhos. Em vez de revelar a verdadeira fonte do seu poder, ele fingia que suas poções, amuletos e antídotos saíam prontos de um pequeno caldeirão a que ele chamava de sua panelinha da sorte. De muitos quilômetros ao redor, as pessoas vinham lhe trazer seus problemas, e o bruxo, prazerosamente, dava uma mexida na panelinha e resolvia tudo. Esse bruxo muito querido viveu até uma idade avançada e, ao morrer, deixou todos os seus bens para o único filho. O rapaz, porém, tinha uma natureza bem diferente da do bom pai. Na sua opinião, quem não sabia fazer mágicas não valia nada, e ele muitas vezes discordara do hábito que o pai tinha de ajudar os vizinhos com sua magia. Quando o velho morreu, o jovem encontrou escondido no fundo da velha panela um embrulhinho com o seu nome. Abriu-o na expectativa de ver ouro, mas, em lugar disso, encontrou uma pantufa grossa e macia, pequena demais para ele e sem par. Dentro dela, um pedaço de pergaminho trazia a seguinte frase: "Afetuosamente, meu filho, na esperança de que você jamais precise usá-la." O filho amaldiçoou a caduquice do pai e atirou a pantufa no caldeirão, decidindo que passaria a usá-lo como lixeira. Naquela mesma noite, uma camponesa bateu à porta da casa. — Minha neta apareceu com uma infestação de verrugas, meu senhor. O seu pai costumava preparar um cataplasma especial naquela panela velha... — Fora daqui! — exclamou o filho. — Que me importam as verrugas da sua pirralha? E bateu a porta na cara da velha. Na mesma hora, ele ouviu clangores e rumores que vinham da cozinha. O bruxo acendeu sua varinha e abriu a porta, e ali, para seu espanto, viu que brotara um pé de latão na velha panela do pai, e o objeto pulava no meio da cozinha fazendo uma zoada assustadora no piso de pedra. O bruxo se aproximou admirado, mas recuou ligeiro quando viu que a superfície da panela estava inteiramente coberta de verrugas. — Objeto nojento! — exclamou ele, e, com feitiços, tentou primeiro fazer desaparecer o caldeirão, depois limpá-lo e, por fim, expulsá-lo de casa. Nenhum dos feitiços, porém, fez efeito, e ele não pôde impedir o caldeirão de segui-lo saltitante para fora da cozinha, e depois subir com ele para o quarto, alternando batidas surdas e estridentes a cada degrau da escada de madeira. O bruxo não conseguiu dormir a noite toda por causa das batidas da velha panela verrugosa ao lado de sua cama, e, na manhã seguinte, a panela insistiu em acompanhá-lo, aos saltos, à mesa do café-da-manhã. Plem, plem, plem fazia o pé de latão, e o bruxo ainda nem começara o seu mingau de aveia quando ouviu outra batida na porta. Havia um velho parado na soleira. — É a minha velha jumenta, meu senhor — explicou ele. — Perdeu-se ou foi roubada, e sem ela não possuo levar os meus produtos ao mercado e minha família passará fome hoje à noite. — Com fome estou eu agora! — bradou o bruxo, e bateu a porta na cara do velho. Plem, plem, plem fez o caldeirão no chão com aquele seu único pé de latão, mas agora o estrépito se misturava aos zurros de um jumento e aos gemidos humanos de fome que vinham de suas profundezas. — Pare! Silêncio! — guinchou o bruxo, mas todos os seus poderes mágicos não conseguiram calar a panela verrugosa, que o seguiu saltitando o dia todo, zurrando e gemendo e clangorando, aonde quer que ele fosse ou o que quer que fizesse. Naquela noite ouviu-se uma terceira batida na porta, e ali, na soleira, estava parada uma jovem mulher soluçando como se o seu coração fosse partir de dor. — O meu filhinho está gravemente doente — disse ela. — Por favor, pode nos ajudar? Seu pai me disse para vir se tivesse algum pro... Mas o bruxo bateu a porta na cara da jovem. E agora a panela atormentadora se encheu até a borda de água salgada e derramou lágrimas por todo o chão enquanto pulava, zurrava, gemia e fazia brotar ainda mais lágrimas. Embora, pelo resto da semana, nenhum outro aldeão tivesse vindo à cabana do bruxo buscar ajuda, a panela o manteve informado dos seus muitos males. Em poucos dias ela não estava apenas zurrando, gemendo, transbordando, pulando e brotando verrugas, mas também engasgando e tendo ânsias de vômito, chorando como um bebê, ganindo feito um cão e cuspindo queijo estragado, leite azedo e uma praga de lesmas vorazes. O bruxo não conseguia dormir nem comer com a panela ao seu lado, mas ela se recusava a sumir dali, e ele não podia silenciar nem forçar o caldeirão a parar. Por fim, não aguentou mais. — Tragam-me todos os seus problemas, todas as suas preocupações e todas as suas tristezas! — gritou, fugindo noite adentro, com a panela perseguindo-o aos saltos pela estrada que levava à aldeia. — Venham! Deixem que eu cure vocês, recupere vocês e console vocês! Tenho a panela do meu pai e vou remediar tudo! E, com a detestável panela ainda a persegui-lo saltitante, ele correu pela rua principal lançando feitiços para todos os lados. Dentro de uma casa, as verrugas da garotinha desapareceram enquanto ela dormia; a jumenta perdida foi trazida de um urzal distante e suavemente deixada em seu estábulo; o bebê doente foi umedecido com ditamno e acordou bom e rosado. Em todas as casas em que havia doença e tristeza, o bruxo fez o melhor que pôde, e gradualmente a panela ao seu lado parou de gemer e ter ânsias de vômito, e sossegou, reluzente e limpa. - E então Panela? — perguntou o bruxo trêmulo, quando o sol começou a despontar. A panela arrotou o pé de pantufa que ele havia jogado em seu fundo, e permitiu que o bruxo o calçasse em seu pé de latão. Juntos, eles regressaram à casa, os passos da panela finalmente abafados. Mas, daquele dia em diante, o bruxo passou a ajudar os aldeões exatamente como fazia seu pai, antes dele, para que a panela não descalçasse a pantufa e recomeçasse a saltitar. - li a história fazendo alguns comentários igual fazia quando ela era menor, sentindo uma lágrima querer escolher - Você precisa voltar, Gwenhwyfar, é sua obrigação sua chata insuportável. - limpei meu rosto ao ouvir a porta se abrir e Nik e minha mãe entrando - Eu vou dar uma volta, me chamem qualquer coisa, estarei na sala pensando, isso é demais pra mim… - senti o toque da mão de Niklaus em meu ombro e sorri fraco deixando o quarto pensativo.



Trama Gwen

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