Minha cabeça estava uma zona por conta de toda a bebedeira que a festa me proporcionara e minha memória não funcionava direito quando tentava lembrar momentos específicos dela. Me lembrava de ter chego junto a Alena, pego algumas taças de hidromel e  outras bebidas e termos ido para o deck conversar e namorar um pouco, após isso Ivy e Jurgen chegaram, falaram algo e minha namorada saiu com Jurgen em direção às aguas de procedência duvidosa e a partir daquele momento minha memória falhava constantemente. Lembrava de ter entrado na casa, ido a cozinha procurar outras coisas para beber, conversado com Ivy mas não lembrava como havíamos chegado ao quarto de minha mãe e Niklaus e nem como Freya foi parar ao meu lado na cama. A voz de sua mãe ainda ecoava em sua mente, pois por mais que as crianças estivessem sem segurança, ela considerava aquela situação perigosa, o que o fazia forçar sua mente para se lembrar de quando era pequeno e se ela também agia assim quando o assunto era ele e Serena.

Extremamente frustrado por não encontrar  minhas respostas, me sentei na cama sentindo uma dor forte na lateral da minha cabeça. A ressaca havia me pego de forma brutal e eu sabia exatamente como diminuí-la, então me dirigi ao banheiro de meu quarto pegando sobre o armário alguns analgésicos e os tomando com a água que conseguira pegar da concha que formou com sua mão sob a torneira e logo deixou o quarto vestindo uma camisa simples e uma calça jeans.

Antes de descer as escadas, o rapaz passou no quarto de sua irmã, que ainda se encontrava dormindo e sozinha, percebendo que Calliope não estava ali o que significava que estava com  Ayn no quarto de hóspedes, pelo menos era o que esperava, com um longo suspiro olhei para o cuidador de minha irmã - Como ela está? - disse em um tom grave desejando que ele me passasse boas notícias - Está muito melhor Sr. Tussie, se o tratamento continuar dando os resultados que esperamos no proximo semestre ela já poderá voltar aos estudos - sorri aliviado e me aproximei da cama dela sentando a seu lado e a beijando na testa de forma afetuosa enquanto mexia em seus lindos cabelos louros. - Eu te amo pequena, obrigado por fazer parte da minha vida, continua sendo forte, por nós - disse quase em um sussuro antes de dar tchau ao cuidador que se sentou na poltrona para ler a nova edição do profeta diário.

Antes de voltar à meu quarto para arruma-lo, pude ver Ivy pela janela da cozinha tomando banho de sol mas meus devaneios foram atrapalhados pela voz rude de Jurgen gritando - Nós precisamos conversar antes da Alena chegar- e logo sumiu escada acima. Pelo seu tom sabia que deveria ser algo grave, suspirei profundamente  e o segui - O que aconteceu agora Jurgen? - falei com uma voz acertiva mostrando que não tinha muito tempo - Eu sei sobre você e a Ivy, eu vi vocês conversando na festa ontem e ela indo pro seu quarto ontem depois da festa e eu te conheço o suficiente para saber que você vai magoa-la como magoa direto Alena com suas atitudes imprudentes - " o dia tinha começado perfeitamente porque aquele cara tinha que estraga-lo?" - o pensamento pairou em minha mente mas apenas consegui responder  - Atitudes mais impudentes do que matar meus pais com o oxigenio deles? Quem você acha que é para falar alguma coisa de mim Jurgen? Enquanto Alena tem você, Ivy ta sozinha, apavorada e só esta dormindo no meu quarto porque ta tendo pesadelos todas as noites desde a fogueira, aquela fogueira que você estava muito bebado para lembrar, então não venha me criticar - minha mão coçou enquanto meu sangue voltava a ferver mas tentei manter minha atenção em outra coisa para reprimir a ideia de meter um soco na cara do garoto. - Sobre você e Ivy, teremos que contar a Alena uma hora ou outra cara, Alena vai descobrir e vai te matar e eu vou ouvir também por saber não falar - Meus olhos me enganam de forma brutal e penso ter visto algo na beira da escada, sacudo a cabeça para me livrar da visão. -- Ela só saberá de alguma coisa se você contar, o que aconteceu entre mim e Ivy na escola não influencia em absolutamente nada mas de qualquer forma, você sabe como a Liz é possessiva quando se trata de nós dois então eu espero que você fique de bico calado. - Dei um olhar de ultimato e sai dali voltando ao meu quarto me jogando sobre minha cama totalmente desnorteado. — Como ele descobriu, Sebastian? você me prometeu que seria um segredo nosso— A voz de Ivy ficou tão clara naquele momento quanto ela - Desculpa, eu não te ví entrando - dei uma risada para quebrar o clima e me levantei, sentando na cama e a fitando por alguns instantes antes de responder - Ele nos ouviu ontem na festa dos Phoenix, desculpa Ivy. Mas você sabe que isso não da certo pra mim, eu amo Alena, mas é estranho dividi-la com alguem igual a mim. Você melhor que eu sabe o quanto ta sendo pesado para mim desde que meu pai voltou. Serena precisa de mim. Minha mãe ta em segurança com o Nik, mas a Se não ta, e se você permanecer aqui também não estará. Eu gosto muito de você para permitir que você se machuque. - a frase final fugiu de meus lábios como o ultimo sopro que se da antes da morte e aquele era um sentimento totalmente real. Ela sorriu e logo a sua voz melodilosa pode ser ouvida - Não precisa se preocupar Se, eu to aqui contigo, não to, não precisa mesmo ligar para a minha segurança, meu pai me ensinou a me virar sozinha desde sempre, eu só saio do seu lado quando você em mandar embora, menos agora.. Eu preciso me vestir, se a Alley me ve assim, no seu quarto... nessa nossa distância, - a conversa foi atrapalhada pelos gritos de minha mãe vindo do andar de baixo e quando chegamos, Jurgen, Ayn e Calliope já estavam lá e assim que nos sentamos Alena apareceu no topo da escada  e correu para se ajeitar a meu lado. Coloquei o braço sobre o ombro dela, beijando sua testa e dando um olhar sério para Jurgen que se encontrava com um sorriso malicioso. — Vocês não cansam de ferrar a minha vida? – minha mãe começou o monólogo longo e interminável dela. Foi citado diversos acontecimentos, e da forma que foi dito, parecia que eu realmente estava na cama com Ivy, pensei em falar algo porém não tivemos qualquer abertura para nos defender. Ao término sabiamos, o mínimo que perdemos naquele momento era a confiança dela, o que era extremamente triste, pois aquelas haviam sido nossas melhores férias, mas esperava  no seu interior que sua mãe não tomasse decisões drásticas. Nosso castigo logo chegaria, mas com minha mãe decidindo que Alena iria embora junto a ela e Ayn  tudo se tornara mais dificil e eles tinham que decidir. os dois rapazes correram quase de forma infantil em direção ao quarto da morena. Os dois ajeitaram as vestes e bateram juntos na porta, apesar de compartilharem um desafeto profundo naquele momento estavam cientes do amor que o outro sentia pela namorada – o que vocês querem? Não estou com cabeça para vocês agora, principalmente pra ti. – Ouvi enquanto entrava no quarto junto a Jurgen no quarto. Suspirei sentindo o olhar assassino de Alena. – Me da um minuto com ela cara, nos temos muito o que conversar – esperei que ele passasse pelo batente da porta para bate-la de forma alta e então tranca-la  voltando a atenção à namorada que ja estava apreensiva.– fala logo, não temos muito tempo até sua mãe vir me buscar já que vai ver que vocês não estão lá embaixo – me aproximei de Alena tirando a camiseta de suas mãos e a ponto dentro da mala – Eu não dormi, dormi com a Ivy, ontem quando você saiu com Jurgen nos entramos para buscar mais bebida e conversar, como não tínhamos o que fazer a convidei para subir… – sabia que havia falado merda, pelo olhar que ela estava me dando – calma mulher, deixa eu terminar, onde eu estava? Lembrei, nos subimos e fomos pro quarto do Nik e da minha mãe para ficar com os gêmeos já que eles estavam chorando muito, enquanto Ivy cuidava do Freyr,  eu deitei com Freya e só acordei com a minha mãe falando sobre termos colocado a vida das crianças em risco quando bebemos e fomos ficar com eles, não tem nada que deva se preocupar, eu te amo – nossa aproximação ali se concretizou, a peguei em meus braços a puxando para um beijo longo, porem calmo enquanto percorria seu corpo com a ponta de meus dedos da base de suas costas as parte superior da coluna. Nosso beijo foi atrapalhado pela batida rude de Jurgen da porta  – teu tempo acabou loirinho,  destranca essa merda – , a soltei de meus braços e rumei em direção a porta a brindo e ficando encostado enquanto o observava falar nervoso – que ótimo que contou que anda dormindo com a amiga dela, Sebs, isso me poupou trabalho. – "Agora sim ta feita" o pensamento surgiu em sua mente  enquanto passava a mão em meu rosto totalmente desacreditado que todo o discurso havia ido por agua a baixo,  tentei falar porem não consegui pois alena já gritava e nos expulsava do quarto – saiam os dois daqui. AGORA.

De volta ao andar de baixo, me encostei no braço do sofá olhando em direção a Jurgen que mostrava estar claramente perturbado e inesperadamente senti o contato do pulso de Jurgen com meu rosto me fazendo cair para trás -Seu merda! Por sua culpa, por sua vontade de ficar com a Ivy, todo mundo aqui tem que se f****...Eu vou acabar com a sua raça seu verme!- enquanto ainda me recuperava pude perceber que ele sacava a própria varinha -AVADA...- enquanto limpava o sangue que escorria de meu nariz, um chute surgia com maior velocidade e acertava o peito de Jurgen, que caia sentado, batendo as costas no sofá. Eles se levantam com uma velocidade absurda e preparavam mais um soco cada um, mas Ivy surgia na frente de ambos e lhes parava. -Ora sua...Utiliza sua habilidade de sumir...E sai da minha frente...Como pode se dizer melhor amiga da Alena e fazer uma traição dela...Se eu não descobrisse, até quando vocês ficariam com essa pouca vergonha? Por que vocês são dois cuzões que não tem coragem de peitar ninguém...- Jurgen estava completamente fora de controle, segurei o braço de Ivy tentando a tirar da frente de Jurgen, antes que eu pudesse falar alguma coisa ele continuou -A morte não é o suficiente para vocês...Que traíram aquela que mais ama vocês...Então vivão com a dor que possuem no peito...E você.- Senti o olhar frio  e sem alma de Jurgen sobre mim e fiquei entre ele e Ivy – Sai daqui, você não está em quaisquer condições de falar algo seu doente dos infernos - dei um sorriso o ouvindo ouvindo seu ultimo surto   -Suma da minha frente...Antes que eu faça você visitar meus pais no mundo dos mula sem cabeça...Seu verme maldito.- coma  aproximação que eles tomaram era possível sentir o ar turvo entre os dois – Sai vocÊ daqui, essa casa ainda é minha - os dois se afastaram bufantes e deixaram o local após Alena ir embora.

Ele ja se encontrava em seu quarto quando ivy entrou bufante Gritando – Não sei como essa merda começou Sebastian, mas quero que a faça parar, nos nem ao menos fizemos qualquer coisa para que esse furdunço todo esteja ocorrendo, VAI RESOLVER SUAS COISAS, NÃO PERCA A ALENA POR UM MAL ENTENDIDO CAUSADO POR AQUELE IMBECIL - ela perdera o controle tambem, o que me fez suspirar profundamente – ela não quer em ouvir, e eu não tiro a razão, vou dar um tempo pra ela pensar e relaxar e ai vemos no que da. Que droga Ivy - suspirei apoiando minha cabeça nos braços olhando o hematoma que aparecia em meu rosto – Deixa eu cuidar disso, antes que infeccione e tu perca o resto da sua cara - ela riu pegando água oxigenada, limpando o corte em meu rosto e logo saiu me deixando sozinho com meus pensamentos.