Mundo da Magia

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Matthew David McGonagall

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Sex Out 23, 2020 1:07 pm
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Samuel Heloi Rousseal

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Qui maio 13, 2021 1:41 pm
Os tempos não estavam nada tranquilos para a nossa família, e como se não bastasse, as notícias sobre o mundo bruxo não eram nada animadoras. Já havia se passado algum tempo desde o assassinato brutal do meu filho caçula, mas o Ministério seguia sem conseguir determinar a autoria do fato. Eu tentava continuar trabalhando e manter a cabeça ocupada para não me distrair com os pensamentos tristes e melancólicos que toda aquela situação me causava, porém aos finais de plantão não havia muito a ser feito. Afinal, fisicamente eu estava exausto, e já não era mais um garoto de vinte e poucos anos que tinha plenas condições de enfrentar jornadas duplas no St. Mungus, pois os turnos no hospital eram sempre muito exigentes. Por isso, agora eu estava em casa, perambulando pela Sala de Estar e refletindo sobre tudo o que estava acontecendo. Gostaria muito de acreditar que havia sido uma fatalidade, como tantas outras que infelizmente acontecem vez por outra, mas em que contexto seria acidental tirar a vida de uma criança daquela forma tão brutal? Além disso, não conseguia parar de pensar no fato de todos os assassinados terem tido, em algum momento da minha vida, uma ligação comigo. À exceção de Bernhard, todos faziam parte do meu passado como estudante, e esse pensamento me atormentava mais do que o normal por uma simples razão: a minha adolescência não foi nada normal. Quer dizer, talvez o início dela tenha sido, quando eu era apenas um estudante da Lufa-Lufa, quieto e até um pouco desengonçado, que acabou virando monitor e depois arrumou sua primeira — e única — namorada. Mas depois daqueles anos inicialmente felizes, vieram tempos sombrios nos quais eu ainda evito pensar; ou tentava evitar, porque nas últimas semanas os meus pensamentos sempre me levavam àquela época.
 
Não era por acaso, pois foi através de uma correspondência que recebi da minha filha mais velha que eu e Jennifer ficamos sabendo que, de um modo que ninguém sabia explicar, os quatro fundadores de Hogwarts estavam de volta. Lembro exatamente de ter deixado o meu copo de água cair ao solo e se partir em mil cacos de vidro, ao ouvir a voz vacilante da minha esposa ao ler aquele trecho da carta de Margot. Desde então, as lembranças de quando vivi na pele as consequências de ser um descendente de Helga Hufflepuff andavam muito vívidas na minha mente, atormentando-me até mesmo nos meus sonhos, que estavam mais para pesadelos. A minha experiência já tinha sido bastante traumática sem a presença física de Godric, Helga, Rowena e Salazar, e eu não conseguia parar de pensar no que aquele retorno poderia significar. Aliás, como foi mesmo que eles voltaram? Não que eu duvide de sua grandiosidade, pois por ter estudado em Hogwarts eu sei muito bem que eles foram bruxos excepcionais, mas como conseguiram desafiar as leis da magia? Ora, eu não conseguia conceber aquilo de uma forma alegre, pois sabia que havia algo de estranho naquela história. Com todas aquelas preocupações tomando conta da minha cabeça, eu sequer notei quando Jenn chegou do trabalho, razão pela qual me assustei ao sentir o seu abraço por trás. Ainda assim, fui capaz de me recuperar rapidamente do espanto, e logo meu rosto foi tomado por um meio sorriso. — Eu estava distraído, querida. Você sabe que eu teria notado a sua chegada, em outros tempos. — Expliquei o breve susto quando ela me questionou sobre o mesmo, virando-me de frente para ela. Era engraçado como, mesmo depois de tantos anos e com a família linda que havíamos construído, Jenn ainda podia ser bastante insegura em alguns momentos. Mas naquele instante em particular, eu sabia que ela também estava com a cabeça cheia. E eu não a culpava. Assim, apenas a abracei firmemente, como se meu mundo dependesse disso — e de certa forma, dependia. 

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Sex maio 14, 2021 4:23 pm
Eu queria poder fingir que nada daquilo estava acontecendo, mas minha cabeça sempre tratava de me lembrar como tudo aquilo era uma realidade imutável. Quando acordava pela manhã, via Samuel deitado a meu lado e podia colocar minha cabeça em seu peito e me consolar, mas quando o sol nos fazia levantar e as responsabilidade me faziam andar pela casa para poder ir trabalhar, cruzava pelo quarto das crianças e via a porta de Bernhard fechada. Não importava quantos dias, semanas e meses se passassem, aquilo ainda me atormentava de maneiras indescritíveis. Sentia meu corpo tremer sempre que via os adesivos preferidos dele grudados na porta, ou quando alguem deixava a porta dele aberta por acidente e eu acabava vendo a decoração azulada do seu quarto sendo iluminada pela luz fraca que cruzava as cortinas frente a janela. Era sufocante.

Nos primeiros dias minha primeira reação foi o desejo de morrer. Meu peito doia tanto que parecia como se tivessem arrancado meu coração para fora dele, e de fato tinham. Meu coração tinha sido levado junto com ele, agora aquele vazio estava me matando aos poucos. Lembro da minha mãe dizer que, a morte de um filho era algo que ela nunca queria passar, pois seria o mesmo que a morte. Na época eu não dava muito a atenção, embora soubesse que ela falava serio, não tinha dimensão de como aquilo era real e profundo. A verdade é que ninguém realmente sabe como é até que passe por isso. E eu não queria ter passado. Evitava dizer à Samuel como eu desejava não estar mais viva naquele momento, tinha medo de deixa-lo mais preocupado, afinal, sabia que ele também estava sofrendo e queria apoia-lo, todavia, o sentimento egoista não me abandonava.


Pensar em Magnus e Margot me fazia ter forças, pois eles precisavam de mim, mas quando chegava o fim do trabalho e minha mente ficava vazia, eu ia para o quarto de Bernhard, me tracava nele e ficava chorando sozinha. Chorar agarrada as roupas dele era quase minha rotina, era o que eu tinha para ficar mais pertinho dele, mesmo que não da forma que eu queria. Lembro que, da ultima vez em que Samuel teve plantão medico, acabei dormindo no quarto dele e só acordei no dia seguinte, com uma foto dele grudada no peito. Samuel não ficou feliz com isso, claro, ele detestava me ver daquele jeito e por ele eu tentei ser mais forte, o que me fez trancar a porta de Bernhard e não abri-la mais... Posso dizer que foi útil, mas, mesmo que exterminassem todos os rastros dele do mundo, minha dor não diminuiria. 


Foi então que resolvi dar um voto de confiança ao tempo. Dois, três, quatro meses se passaram, ja estavamos indo a caminho do quinto e meu corpo só revertia a dor em cansaço. Estafa mental, fisica, tudo me doia; coração, corpo, cabeça, mas eu ainda tentava ser forte e me manter íntegra. Comecei a escrever cartas para Magnus e Margot, em todos os dias das últimas semanas estive gastando duas horas das minhas tardes para escrever mensagens de consolo e amor para meus filhos, eles também estavam sofrendo e eu não queria que eles tivessem passando por isso. Que mãe quer a dor aos filhos? Mas, não importasse quantas eu escrevesse, não enviava nenhuma e no fim as mantinha guardadas. Foi então que, em certo momento, recebi uma mensagem de Lilith. Gwen, sua coruja, pousou na janela do meu quarto e me entregou uma mesagem junto de uma caixinha de joias. No primeiro momento pude soltar um riso e sentir meu peito aquecido pelo carinho que ela teve em me parabenizar pelo dia das mães, sabia como era dificil para ela não ter a mãe ao lado naqueles dias, mas foi pior ainda quando minha ficha caiu e eu percebi que meu dia das mães seria incompleto naquele ano — Vamos, não seja assim, seja forte, ele não ia querer te ver assim. Sorria! — encorajei a mim mesma enquanto meu rosto se tornava um mar de lágrimas. 


Estava tentando levar uma vida normal, esquecendo que o Ministério da Magia era incompetente, ou a dor da perda do meu filho. Tentei me ocupar com trabalho e então notei como não era somente minha dor da perda que me preocuparia. Lyra, Miguel, tantos ex-colegas de escola que morreram fizeram uma chavinha virar em minha cabeça. Tudo aquilo estava voltando a tona, aqueles anos de Hogwarts tão conturbada com mortes e sequestros. Meus filhos estavam passando por isso! Samuel chegou a receber uma carta de Margot anunciando que, Magnus, um garoto tão doce e dedicado, havia sido descoberto como herdeiro da lufa-lufa. A cena pareceu como um flashback em minha cabeça, como no dia, no hospital, em que Samuel me contou que era herdeiro da nossa casa "Eles não podem passar por isso também!" pensei. Como se fosse fácil assim, desejar e acontecer. Voltei a rotina de trabalho e, usando meu poder no profeta diário, tentei encontrar qualquer coisa que ajudasse a entender o que estava acontecendo. Foi em consequência dessa busca intensa que voltei para casa com tantos depoimentos, cartas e noticias guardadas em minha bolsa para eu estuda-las. Passei pelo jardim e entrei pelo hall em direção a sala de estar, quando vi Samuel de costas em silêncio. Me aproximei dele e o abracei, mas seu susto repentino fez meu momento se conforto e segurança perto dele se púlverizar — O que houve? Por que se assustou? — questionei. Sempre que o via daquele jeito me preocupava, afinal, nunca era por um bom motivo e disso eu sabia bem — Ah, ta... Tudo bem. — respondi desanimada. Talvez ele estivesse apenas com muita coisa na cabeça, problemas e sofrimento, tais que eu não dei tanta atenção por me afundar demais em meu próprio sofrimento sem ajudar no dele. Por isso o abracei tão forte, que acabei por esconder minha cabeça em seu pescoço — O que você tem que esta te distraindo tanto? — questionei preocupada. Beijei brevemente sua boca e me sentei no sofá junto a ele, colocando ambas as pernas para cima do estofado, após deixar minha bolsa com minha varinha logo ao lado — Não tenta me distrair com outro assunto, seja sincero. — Ao olhar seus olhos eu sabia que ele nunca me encheria com suas preocupações, mas eu ja não queria que ele fizesse isso quando eu também tinha que ser um apoio para ele — É sobre Helga e as crianças? — perguntei novamente tentando adivinhar suas motivações. 



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Sáb maio 15, 2021 3:16 am
“Magnus é um Hufflepuff, pai. Como você”. De todos os trechos do que tinha tudo para ser uma inofensiva correspondência de uma adolescente, aquele em específico martelava insistentemente a minha cabeça. Junto com a morte de Bernhard, a dita passagem me desencadeava um medo e sensação de impotência que só experimentei quando jovem, justamente ao estar na mesma condição que Magnus agora estava. Mas quando a sociedade mágica retomou seus eixos, não achei que minha descendência fosse ser, novamente, um problema. Entretanto, cá estava a vida me provando mais uma vez que eu não estava livre daquele fardo, e de uma forma mais cruel do que na primeira vez. Afinal, qualquer pai prefere sofrer no lugar do seu filho e não pensaria duas vezes antes de se oferecer para isso. Porém, por algum motivo, a nova seleção de herdeiros havia ocorrido mesmo que eu ainda estivesse vivo, expondo Magnus a um risco que eu perfeitamente poderia correr em seu lugar. Tal fato me dava ainda mais certeza de que havia algo de errado naquela volta dos fundadores, pois em que universo seria aceitável dar responsabilidades daquele tamanho a jovens estudantes? Sim, porque, beirando os quarenta anos, eu sabia que aquela história de ser herdeiro possuía uma chance alta de trazer coisas sérias aos envolvidos e não ser meramente um status. Podiam não ser exatamente as mesmas experiências que eu tive, porém nada daquela situação me cheirava bem, e minha vontade era chegar em Hogwarts e entender o que diabos estava acontecendo. Contudo, a autonomia da escola não abria espaço nem mesmo para que o Ministério da Magia interferisse, o que me deixava de mãos atadas.
 
Tudo isso parecia me sufocar, dando-me dores de cabeça e constantes apertos no peito durante os últimos dias, que já não haviam sido nada tranquilos. E o pior de tudo era ver, todos os dias, que minha esposa estava tão assustada e machucada quanto eu. Não poder fazer nada era algo que me deixava inquieto, mas mais que isso: era um sofrimento. Assim, quase como se estivesse lendo meus pensamentos, Jennifer perguntou a razão das minhas distrações cada vez mais frequentes, e minha primeira reação foi respirar fundo. Conhecendo a ruiva, ela não iria deixar aquilo passar despercebido até que eu a respondesse, mas aí tínhamos um dilema. Ou melhor, eu tinha. Jenn estava passando por maus bocados, chorando pelos cantos e numa melancolia que me deixava aflito e com o coração apertado, e isso tudo sem ter ouvido minhas divagações. Claro, nós compartilhávamos muitas coisas, até porque nossa dor era a mesma, uma vez que ambos temíamos pelos nossos filhos, em especial o Magnus, após a revelação da carta. Ainda assim, na medida do possível eu tentava guardar certos pensamentos para evitar fazê-la se preocupar num grau maior do que o atual, que já era bastante alto até mesmo para os padrões dela, que era uma mãe superprotetora. Por isso, apenas fiquei calado enquanto tentava organizar meus pensamentos e arrumar um jeito de conversar com ela sobre aquele assunto, enquanto ia para o sofá e me sentava logo ao seu lado. Sua urgente insistência para obter respostas, entretanto, era um empecilho para isso, e foi inevitável o meu olhar encontrar o dela. — Quando foi que fiquei tão óbvio assim? — Lamentei, buscando sua mão até segurá-la suavemente.
 
Como previsto, Jennifer acabou com qualquer intenção que eu tinha de contornar aquele assunto e mudar o rumo da conversa. Restou-me, então, coçar a barba e fugir de seu olhar incisivo. Ainda estava naquela pose de desconfiado quando ela tocou no nome de Helga, e ouvir seu palpite certeiro foi como cutucar uma ferida que eu lutava para cicatrizar. — Sim, e não. — Ponderei em tom de reflexão, soltando a mão dela para massagear as minhas próprias têmporas. — É sobre tudo, Jenn. Tudo. — Novamente uma resposta que não explicava nada, mas que ao mesmo tempo traduzia fielmente a angústia que me afligia naquele momento. Eu estava farto de tantas frustrações, de tantos sentimentos negativos, que simplesmente pareciam ter combinado propositalmente de surgirem num curto espaço de tempo. E se o intuito era me tirar a paz, bem... Eles estavam conseguindo! — Meu filho acabou de ser morto, sem nenhuma explicação, e, sem saber como seguir em frente depois disso, de repente fico sabendo que o meu outro filho é herdeiro de Helga Hufflepuff! — Havia mais do que tristeza naquelas palavras. Elas eram um desabafo de alguém que começava a sentir raiva, medo e culpa, todos juntos numa salada russa. — Você sabe como eu queria que isso fosse só uma descendência, uma coincidência genética, como nossos filhos devem achar que é. Mas... Mais do que ninguém, eu sei que não é! — Não me aguentei e levantei do sofá, com a respiração entrecortada e visivelmente agitado. No mal sentido. — Nós nunca aparecemos em tempos tranquilos, nunca. E infelizmente, não tenho motivos para crer que dessa vez será diferente. — Comentei, enquanto andava freneticamente de um lado para o outro, referindo-me aos herdeiros. Aquele assunto rondava minha mente há dias, lembrando-me insistentemente de como Tom Riddle, conhecido também por ter sido herdeiro de Salazar, matou uma garota e quase fechou Hogwarts, isso apenas na época de estudante; ou que Zsadist queria o sangue dos herdeiros para um ritual que supostamente o deixaria mais poderoso. Sabendo disso, então, como era possível não se preocupar? 

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Dom maio 16, 2021 6:33 pm
Sabia que ele estava incomodado somente pelo modo como ele olhava para algo. Sua respiração pesava, ele ficava muito quieto e pensativo e quando suas temporas ficavam rigidas daquela maneira, significava que ele estava muito preocupado e aborrecido com algo. Naquele momento, eu não tinha como adivinhar o que ele estava pensando, mas podia supor que seria o que mai te aterrorizava — Desde que estamos juntos há mais de vinte e dois anos — informei-lhe com um olhar direto. A mão dele ainda era a mesma, quente confortante e cuidadosa, mas apenas no toque sabia que ele estava com medo e eu odiava isso. Foi naquele instante que desejei tirar todas as preocupações de cima dele, ele ja suportava demais, ja suportou demais. Todavia, quando ele confirmou minhas suspeitas e começou a desabafar, percebi que nada tiraria dele aquela angustia... e de certa forma eu não o julgava, afinal, eu o entendia melhor do que ninguém. Levei minha mão esquerda à suas costas e massageei de cima para baixo, tentando tirar um pouco do incomodo que ele estava sentindo, mas aquilo estava pesando tanto nele que somente falando iria poder aliviar as coisas — Eu sei que você esta preocupado, mas não é sua culpa que ele se tornou herdeiro. Sendo sincera, eu ja desconfiava que isso um dia aconteceria, mas não esperava ser tão de repente. — afirmei expondo meus pensamentos por breves segundos, mas ainda havia algo que não me deixava em paz; aquele pensamento dele de que tudo era sua culpa. Respirei fundo e tentei não engolir facas quentes enquanto pensava naquilo — O Zsadist foi um desgraçado... que Deus me perdoe — respirei fundo ao tentar controlar a subita raiva que brotou ao tocar em seu nome, mas então continuei — Mas, nós fomos pegos desprevinidos. Você e eu tinhamos apenas 15 anos, Sam, não tinhamos nem concluido os estudos. Agora, você e eu ja somos adultos, você, Jéssica, Lyra, Aimée passaram por isso muito bem sem desistirem! — tentei encoraja-lo, mas pensar naquilo me fazia sofrer, por que não era para termos que lidar com aquelas coisas, não era justo e nem é agora, mas meu papel ali era não deixar que a raiva e o medo o deixassem irracional — Eu sei que você esta preocupado, mas não podemos esquecer que o Magnus, Margot e Nicole não são mais crianças. Eles são fortes e eles tem dois pais que nunca os deixariam passar por problemas algum — completei com um olhar preocupado. Enquanto um lado meu tentava ser positivo e apoia-lo, outro lado estava assim como ele, surtando e preocupado por dentro, querendo a todo momento invadir aquela escola e tirar meus filhos de la nem que seja a força, mas, eu precisava ser o lado calmo e racional quando ele precisava surtar por um momento.

Agradecia pela maturidade que havia adiquirido com os anos. Além da sabedoria de saber que sim, eles não surgiriam de repente meio a tanto caos sem qualquer significado, sabia que eu, ter um ataque de preocupação sem qualquer plano, não os ajudaria — Olha, eu não ia comentar sobre isso agora, mas, hoje cedo algumas cartas e depoimentos de entrevistas que os jornalistas fizeram chegaram à sede. Tem uma bruxa de Hogsmeade que disse ter ouvido gritos de uma criança vindo da casa dos gritos. No começo, eu achei que era mais um delirio coletivo, por que aquela casa sempre foi estranha, mas, quando fui checar mais a história, parece que um professor de Hogwarts impediu que a criança fosse sequestrada... — contei com tom de preocupação. Eu sabia que aquilo não era comum, não era natural que algo assim ocorresse, então, eu tinha uma carga maior de medo em relação aos meus filhos, mas ainda havia mais que me tranquilizava — Se isso for verdade, o ministério estava certo em proibir os passeios. Dimitri não só foi irresponsável, como ele colocou nossos filhos em risco. Por isso, a Rowena estar no poder me tranquiliza muito mais. Se ela realmente for a Rowena, eles, os fundadores, estão vivos novamente e não vão deixar as crianças se machucarem. — Tentei motiva-lo de alguma forma, mas não sabia se funcionaria. Embora estivesse me esforçando para suavizar seu peso, reconhecia que ele não ficaria bem de uma hora para outra, nem mesmo eu. Estavamos sofrendo pela perda de nosso filho, mas as circunstâncias nos forçavam a sermos fortes pelos nossos outros três filhos, o que não era nada fácil. Naqueles momentos eu lembrava da minha juventude, dos dias tranquilos, em que nossos únicos problemas eram quando ele não me respondia durante o verão, ou onde passariamos nossas férias escolares. 

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Ter maio 18, 2021 2:02 am
Admito que minha expressão suavizou e eu até abri um meio sorriso quando ouvi Jennifer falar dos mais de vinte e dois anos nos quais estávamos juntos, o que me levava ao fato de que em boa parte da minha vida eu pude contar com a presença e o apoio dela. Inclusive em momentos difíceis, como o que vivíamos agora. Por isso, não insisti em ficar guardando o acúmulo de sentimentos ruins apenas para mim, apesar de ainda manter o desejo de preservar minha esposa de certas coisas, porque do mesmo jeito que ela me conhecia, eu também sabia bem o quão ela era propensa a se preocupar exageradamente. Mas, com o passar do tempo e a maturidade que ambos fomos acumulando, Jenn ainda era capaz de me surpreender, como quando ela ficou fazendo carinho nas minhas costas enquanto eu começava a colocar pra fora as frustrações das últimas semanas. Fitei seus olhos enquanto a mesma falava sobre o fato de Magnus ser herdeiro, ouvindo-a dizer que não era minha culpa e que ela própria já havia considerado essa possibilidade. — O pior é que eu também pensei. Mas, como tudo daquela época, resolvi deixar enterrado e apenas esperar que esse assunto não fosse revirado. — Confessei, pensando no quão ingênuo eu fui. Estava longe de ser algo óbvio, uma vez que o simples fato de ser descendente de um dos fundadores não bastava para ser herdeiro, porém aquele foi um risco que eu corri a partir do momento em que me casei e constituí família. Contudo, não era algo que eu me arrependia, uma vez que eles eram a melhor parte de mim, de modo que me restava tentar seguir em frente com aquilo. O problema é que isso não era nada fácil, e o fato de saber que Magnus era um Hufflepuff, mas não poder estar junto dele, era horrível.

Mas, após relembrar a má pessoa que Zsadist havia sido, Jenn tocou num ponto que tinha lá a sua verdade. Diferentemente de quando eu estive na posição do meu filho, ele e suas irmãs tinham o suporte dos pais para qualquer coisa que pudessem passar, além de ele já ser dois anos mais velho do que eu — uma vez que minha descoberta foi durante os meus quatorze anos. Assim, ainda que soubesse que haviam coisas fora do meu alcance, não posso negar que as palavras de Jennifer haviam sido bastante reconfortantes. Isso me fez retornar para o sofá, enquanto a ouvia contar sobre novidades que tinha ouvido no trabalho, o que prendeu a minha atenção. — Espere aí. Você está me dizendo que houve uma tentativa de sequestro e isso foi abafado? — Minha reação não poderia ter sido outra, senão a incredulidade. Que Dimitri era uma pessoa cujo interesse era apenas se perpetuar no poder isso nós já sabíamos, mas daí a encobrir um fato daquela gravidade? Normalmente eu acalmava Jenn em suas colocações, porém não retruquei ou mesmo discordei quando ela afirmou que o ex-diretor de Hogwarts foi irresponsável e havia colocado não só nossos filhos, mas a escola inteira em risco. Ela estava mais do que certa! — Muito me preocupa que um homem desses esteve à frente da escola por tanto tempo, mas pelo menos são águas passadas. — Ponderei, um bocado reflexivo. — Mas sinceramente, essa história está muito estranha. Por mais que eu não goste do Dimitri, não depois de seus últimos atos na diretoria, os fundadores simplesmente dissolveram a direção antiga e assumiram o controle! E tudo isso sem ninguém saber como e o porquê de terem voltado. — Passei as mãos na minha barba, como costumava fazer quando estava pensativo. Realmente Dimitri possuía culpa no cartório, mas eu ainda não conseguia ter aquela esperança que Jenn demonstrava, mesmo se tratando de Rowena Ravenclaw. Claro, se ela estivesse com suas faculdades mentais intactas, assim como seus colegas, dificilmente alguém se atreveria a fazer mal aos alunos da escola. Mas e se ela não fosse quem pensávamos? — Não me leve a mal, meu amor. Mas eu vislumbro duas opções, ao menos nesse momento. 1, temos malfeitores bem convincentes se passando pelos fundadores, usando poção polissuco ou sabe-se lá o quê; e 2: se Rowena, Salazar, Godric e Helga realmente voltaram da morte, e isso não é o curso natural das coisas, alguma coisa ruim aconteceu para que eles tenham conseguido isso. 
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